A primeira foto é do sanatório de Yalta - na Ucrânia - e é tão impressionante que bastava por si mesma. Mas porque sou gulosa, aqui ficam outras quatro fotografias de Andrew Moore, todas tiradas nos Estados Unidos (Detroit e Indiana). A justaposição das imagens parece um remake da Guerra Fria - Este vs. Oeste - mas não é intencional.
02 September, 2012
31 August, 2012
30 August, 2012
Todos Juntos
Ah, as oportunidades não param de aparecer. Agora posso, com um pequeno sacrifício (nos dias que correm os sacrifícios são geralmente pequenos e sempre pedidos as pessoas como eu), ajudar o Pingo Doce a poupar 5 milhões de euros por ano. E o mais bonito é que tudo isto é para meu bem. Obviamente.
25 August, 2012
24 August, 2012
15 August, 2012
Rotina
Uma das grandes surpresas da idade adulta foi ter-me descoberto tão conservadora. Eu pensava-me aventureira e liberal, mas na verdade não sou nada disso. Por exemplo, eu adoro rotina. Gosto tanto da rotina, de fazer sempre a mesma coisa, que as férias me parecem uma interrupção desnecessária na doçura do rame-rame quotidiano (bolas, que bonito). Eu gosto de ter os mesmos amigos há anos, de frequentar os mesmos sítios, de ouvir as mesmas músicas, de ler os mesmos livros. Daí que ande outra vez a ler a colectânea de contos Laços de Família da Clarice Lispector. Eu sei, que aborrecido, já escrevi sobre ela centenas de vezes. Mas, "Amor" é dos mais belos textos que alguma vez li e volto sempre a ele. É uma rotina, lá está. Nele, Clarice escreve: Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Desde então sempre que penso em crianças repito estes três adjectivos - bons, verdadeiros e sumarentos. E mais à frente outra frase: Ah! era mais fácil ser santo que uma pessoa!É isso mesmo. Tão certeiro que podia ser um epitáfio.
14 August, 2012
11 August, 2012
06 August, 2012
Pistolas de água
Isto das férias tem alguma coisa que se lhe diga. Porque houve um tempo em que as férias não existiam: as pessoas eram o que fazíam. A sua identidade era a sua profissão e a sua profissão media-se em termos da sua utilidade social: um carpinteiro era um carpinteiro, um elemento essencial na sua comunidade. No pós-revolução industrial isso mudou (há quem lhe tivesse chamado alienação). Deixámos de ser essa peça fundamental para uma comunidade, já não nos preenchíamos totalmente na nossa profissão e ficou na moda dizer que, no trabalho, ninguém é insubstituível. O individuo perdeu parte da sua identidade e para se voltar a encontrar, reclamou espaço para si. Criou-se então a necessidade do lazer. E as férias, claro. (As minhas tiveram até agora abrunhos, jogos olímpicos e pistolas de água)
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