Coisas estupendas que se aprendem a ler a História de Portugal:
1. Em períodos de abundância financeira – ou abundância de especiarias ou abundância de ouro – Portugal tende a investir essa riqueza no reforço do aparelho do estado e não propriamente a fazer coisas aborrecidas como, por exemplo, modernizar a indústria ou apostar na produção interna. O lado positivo desta política é que temos monumentos bonitos e muitos cargos janotas na administração pública.
2. Somos um povo de fé, embora não propriamente religiosa. Por exemplo, apesar do desenlace de inúmeros episódios históricos, continuamos convencidos em pleno século XXI que espanhóis, ingleses, franceses e alemães têm o nosso interesse nacional como prioridade e nos vão ajudar. Toda politica pós-Descobrimentos e tratados anexos é um bom exemplo de como a nossa economia "beneficiou" destas alianças.
3. Fomos espectaculares a dar emprego a arquitectos e artistas estrangeiros nos últimos séculos.
3. Fomos espectaculares a dar emprego a arquitectos e artistas estrangeiros nos últimos séculos.
4. Em Portugal, todos sabemos que quando as coisas ficam mesmo complicadas, aparece sempre um homem brilhante para nos salvar. Regra geral o homem brilhante tem que se impor pela força. Regra geral o homem brilhante acaba por se tornar um tirano.
5. O modelo de uma instituição de serviço público de funcionamento exemplar é a Inquisição. Aquilo é que foi organização, eficácia, gestão de orçamento e cumprimento dos objectivos.
6. Desde o final do século XIX que se nota uma constância nos apelidos que aparecem na vida pública portuguesa. Temos uma espécie de democracia aristocrática porque, às vezes, parece que os cargos passam de pai para filho.
7. Já sei quem foi o Almirante Reis.
(Em baixo: gravura do séc. XIX de D. Afonso Henriques, um dos autores desta ideia genial que é Portugal)
7. Já sei quem foi o Almirante Reis.
(Em baixo: gravura do séc. XIX de D. Afonso Henriques, um dos autores desta ideia genial que é Portugal)