10 October, 2011

Projecto 4 - Hélio Morais

A coisa gira de ter um blog é poder (também) dar espaço a pessoas que admiro. Assim, todas as segundas-feiras o Menina Rapaz abre a porta e desafia alguém a escolher 4 coisas que o inspiram.

O convidado de hoje é Hélio Morais, músico e baterista de - nada mais nada menos - três bandas nacionais: Linda Martini (vejam-nos aqui em Paredes de Coura a partir tudo), PAUS (com disco novo a sair em Novembro) e If Lucy Fell. Tudo bandas boas, daquelas que vale mesmo a pena ouvir e, sobretudo, ver ao vivo. Em relação ao Projecto 4 diz: "Não te consigo responder taxativamente quais são as quatro coisas que mais me inspiram ou inspiraram. Ando na rua de olhos abertos e tento absorver todas as pequenas coisas. Por vezes inspiram-me, por vezes permitem-me simplesmente sonhar de olhos abertos, abstrair-me de mim". E é essa mesmo a ideia do Projecto 4.
(E a maravilhosa foto aí em baixo foi tirada pela Adriana Boiça Silva)














1. A luz de Lisboa
Vivo perto do Adamastor e por isso tenho o privilégio de ver um nascer do sol lindo. E um recolher também. É um lugar-comum? É!  É bonito e redondinho? É! Mas mais do que qualquer uma destas coisas, é verdade. E as coisas verdadeiras não deixam de ser bonitas por serem do senso comum.
























2. O carinho que as pessoas dedicam aos artistas que admiram
Quando se cria pela simples necessidade de se criar, pela sensação de vida que isso possa trazer, ou pela realização pessoal, nunca se pensa de que forma isso pode tocar noutra pessoa. É incrível a sensação que se tem ao se perceber que se causa impacto na vida (um simples momento, uma decisão, um dia, etc.) de uma pessoa que nunca se conheceu. E o momento da percepção disso mesmo é algo ainda mais inspirador. O vídeo que deixo a seguir, é um desses momentos.

3. As pessoas
Gosto de as olhar, ainda que por vezes possa ser inconveniente. Não o faço com o intuito de as deixar desconfortáveis ou de as confrontar. Faço-o simplesmente porque me cativam os gestos, as expressões, as palavras que não ouço, os sorrisos, os amuos…
Não me proponho a concluir nada. Ainda hoje estou a aprender a compreender-me a mim próprio, por isso não ouso sequer ter a arrogância de achar que compreendo os outros.
Uma das pessoas que mais me fascina, costuma estar de braço estendido na Rua Garret, em Lisboa. Se fosse realizador de cinema, certamente faria questão de a ter num filme. Os olhos têm qualquer coisa. Aliás, toda a expressão facial.
























4. Música
Por todas as razões óbvias e mais algumas.
Deixo uma de que gosto muito. Intemporal.
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