Mary Anne Evans era feia e tinha poucas hipóteses de casar. Se fosse hoje, poderia sempre ter feito uma plástica ao nariz. Mas eram outros tempos. Porque também era inteligente, o seu pai concedeu-lhe o privilégio de uma educação esmerada e pouco comum a raparigas do século XIX. Ela estudou e tornou-se escritora. Causou escândalo por viver com um homem casado e, mais tarde, chocou de novo ao casar com outro que era vinte anos mais novo. Muito à frente. Assinava os seus livros com nome de homem, para ser levada a sério. Para a história ficou como George Eliot. E ainda hoje é um bocado assim, não é? Para serem levadas a sério, as mulheres disfarçam-se de homens, com os seus fatos de cores sóbrias e corte masculino. A seriedade é um atributo pouco feminino.